Por que (não) eu?
- Linda Queiroz
- 26 de mar.
- 1 min de leitura
Atualizado: 28 de mar.
Sempre me vi como uma pessoa sem sorte. Daquele tipo bem clichê de sorte, sabe?
De achar dinheiro grande no bolso de uma calça que ia para máquina de lavar, de ganhar prêmio de bingo de igreja ou, mesmo, de sentar ao lado de alguém extremamente agradável durante um voo de longas horas.
Não. Nunca fui essa pessoa. Eu era a pessoa que perdia o dinheiro ou que sentava próximo a alguém que era espaçoso e que roncava durante todo o voo...
Minha tese é de que Deus já fora muito generoso comigo:
“Filha, já te dei certa saúde, certa beleza e certa inteligência. Ainda quer sorte?!”
Eu sei, Deus, o senhor não está errado.
Então sempre entendi que coisas maravilhosas, a “sorte grande", eu não teria, pois Deus me dera condições suficientes para que eu criasse minhas oportunidades, agisse e alcançasse coisas que, até então, a “sorte” ajudaria.
Logo, quando algo incrível aconteceu em minha vida, “sem méritos” de ter movido um dedinho sequer para conquistar, sem estar querendo ou esperando, a primeira coisa que me questionei foi “Por que comigo?”, “Dentre tantas, por que eu?”.
Por que coisas incríveis, saídas dos acasos da vida, não poderiam acontecer comigo?
Ou conosco? Para quem é mais “realista”, por que não seríamos também merecedores de coisas boas? Somente os outros seriam dignos?
Depois de desacreditar, depois de questionar muito, depois de processar e refletir sobre os diversos porquês, refiz o questionamento e, afinal,
“Por que não eu?”
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